terça-feira, 15 de abril de 2008

Herrar é umano

Como boa portuguesa que sou aproveito tudo o que são promoções, ofertas, passatempos e afins. Há uns anos, o Diário de Notícias editou uma colecção de histórias infantis. A pensar no futuro das minhas crianças, e na falta que me fizeram os livros que deveria ter lido quando era mais nova e que ainda hoje tento recuperar, comecei a fazer a bendita colecção. Nessa altura, entre viagens de autocarro, metro e filas de trânsito, lia, em média, três livros por mês, pelo que, ia intercalando um do meu agrado, que tivesse lá por casa ou que alguém me aconselhasse, um da colecção do Público e outra da colecção do Diário de Notícias. Conclusão: desta última colecção li uns três no máximo e parei de os comprar. Irritam-me os erros de português e nem sei o que será de mim depois da entrada em vigor do Acordo Ortográfico, por isso, a cada página de livro folheada anotava os erros num bloco e, lido o livro, lá seguia um e-mail para a editora a reportar os mesmos. Uma vez obtive resposta. Durante muitos anos, devido sobretudo ao facto de ler menos, deixei-me disso e, mais recentemente, virei-me para os jornais. Da mesma maneira que me irritam as editoras, que seguramente têm entre o seu pessoal revisores, irritam-me que jornais como o Expresso ou revistas como a Sábado, que leio religiosamente e não deito fora nem que tenha passado mais de um ano da sua saída, deixem escapar tantos erros. Numa era em que cada vez mais podemos ter acesso a tudo quanto é notícia ou conteúdo didáctico na Internet, começo a virar-me também para os meios virtuais. Hoje foi a gota de água! Este será um espaço, sobretudo, de enganos, de faltas de atenção. Se não os podes vencer, junta-te a eles - já dizia o ditado, portanto, já que ninguém me contrata para revisora, o que também me irrita, vou fazer deste um espaço de chamada de atenção para como, muitas vezes, uma nova leitura do que se acabou de escrever pode fazer toda a diferença.

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